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terça-feira, 14 de agosto de 2012


Minha cabeça parece que vai explodir, meu estômago até agora embrulhado. Desde ontem. Deveria ter ouvido Gabriel e ido dormir cedo, e deixado o coitado dormir também, mas de certa forma, conversar com ele me acalmou, embora eu estivesse super nervosa, e já era a hora de dormir.. 
Acordar cinco horas depois.. Cabeça pesada, sensação estranha, pensamentos negativos.. Por mais que na noite anterior tivesse sido tranquilizada, tudo estava a tona, já sabia o que aconteceria. Me arrumei como de rotina para o colégio, não cantei no chuveiro, não estava com mínimo humor e sem nenhum sorriso ao rosto. Café da manhã, dispenso. 
Casaco, fone de ouvido, celular. Sentada ao fundo da van... Músicas alegres parecem me irritar.. Noto uma lágrima caindo. Caixa de entrada... Aquelas mensagens, futeis e idiotas que só serviram pra me iludir.. 27 que foram realmente importantes.. Guardei-as em notas e apaguei-as. Fotos idiotas de momentos de puro fingimento.. Todas sendo excluídas. Raiva, raiva. Fingimento matinal, mandando mensagem de bom dia para cada pessoa... Me vi passando pelo prédio dele. Quem diabos tinha feito aquele roteiro? 
Chegada a escola, pessoas pela frente "Estou bem, vai ficar tudo bem, ninguém precisa saber que você está sangrando por dentro". Abraços acolhedores, dúvida, incerteza, tristeza. Merda, merda, merda. Choro, incontrolável. Tudo tão confuso... O que tinha acontecido? Parecia tudo estar tão certo... Não iríamos tentar de novo? Não iríamos tentar fazer dar certo? Ele tinha falado que queria fazer itens da minha lista comigo... Ele queria até conhecer meus pais, e eu tinha ficado com o seu casaco, não usei... Mas o cheiro do perfume ficou impregnado.. Mais uma aula... E três mensagens dele. Não conseguiria ficar ali.. Meu estômago revirava mais e mais. Faltava alguns minutos.. Ele iria terminar comigo, por motivo que nem eu sabia. Mas só de saber que tínhamos saído do comum e dois dias depois ele querer conversar, já pensava sobre isso... Então era isso? Iludiria, brincaria um pouco com os sentimentos, e jogaria fora? E eu era a idiota que lidava com isso, que deu a segunda chance.. E que sairia machucada das duas vezes... 
Levanto-me da minha carteira, não aguentava mais. Me via indo ao caminho do banheiro... Entrando numa cabine. Fechando a porta. Vomitava.. E não tinha nada, só vomitava água, meu estômago estava vazio, mas sentia a necessidade de botar tudo para fora... O último dia que tinha vomitado tinha mais de um mês, dia 9 de julho, que por coincidência é o aniversário dele, não que tivesse sido por sua causa da última vez antes de ontem, mas é horrível ser lembrada de um aniversário de uma pessoa que costumava ser especial pra você, e essa pessoa já não falava mais contigo, slova, minha doce e horrível amiga me ajudou nesta data, dia 9 de julho, o dia que engoli o orgulho e o mandei um parabéns. 
Sabe, eu odeio isso em mim... Lembrar datas. 31 de março, 5 de abril, 7 de abril, 14 de abril, 21 de abril, 28 de abril, 9 de julho, 14 de julho, 22 de julho, 28 de julho, 4 de agosto, 11 de agosto... E hoje 14 de agosto. Datas que ele nem saberia o que são 90% delas... 
Hora do intervalo, era aquela hora.. Já esperava. Mas a ligação me desesperou.. Iria chorar de novo ao ouvir a voz dele, e corria constantemente pro banheiro pra tentar botar alguma coisa pra fora, como se fosse possível. Impedida. Botaram aquela merda de telefone no meu ouvido. Já sabia o que iria escutar, aquela frase pronta de "Não vamos dar certo, estou confuso e blábláblá". Ouvi a voz dele, só conseguia ficar calada. Como eu imaginava.. Mas algo bem pior do que um simples término, algo que doía mais do que poderia imaginar, e algo que novamente encenava pra mim mesma que estava tudo bem, não iria chorar por isso, não iria chorar por ele.. Corro na frente, não queria a presença de ninguém.. Queria ficar sozinha, queria vomitar. Lágrimas e mais lágrimas e uma tentativa falha de vômito. Perderia uma aula, não tinha condições de ficar dentro de sala, mesmo sendo a minha aula favorita, isso me assustava até. 
Pensamentos e mais pensamentos.. Será que significou algo para ele? Ou tudo uma encenaçãozinha? Preciso parar de confiar em qualquer pessoa. Parar de machucar, de me apegar. Todos reclamavam que eu não estava dando atenção devida a ele, e que eu parecia não estar animada, e estar sofrendo por antecipação... Porque ele não estava fazendo nada errado e que eu estava colocando cabelo em ovo. Porque eu tinha medo, medo de me apegar de novo, medo de me machucar de novo. Mas segui conselhos, e me joguei, me joguei sem saber se o paraquedas abriria pra mim, porque nunca pulei de paraquedas e não sabia como abrir aquele caramba. E agora que sigo o conselho de todos, pra não pensar no futuro ou passado, pra viver, como sempre, quebro a cara. 
Criei uma guerra em casa pra nada.. Uma guerra com minha irmã pra nada. Expectativas de que poderia dar certo, pra nada. Pra ser quebrada na primeira oportunidade que houvesse. Alguém da minha concorrência de direito de contratou? Pra eu perder o foco e tirar minha vaga na ufba? 
Mas eu não preciso disso, e nem preciso dele. E por mais que doa, serei forte. Se consigo enganar uma amiga que conheço a três anos de que eu tô bem, imagina os outros, os meros mortais que fazem papel de figurantes nessa vida. A verdade é: Eu não mereço estar chorando por um idiota que não soube valorizar o que tinha. Ele não merece minhas lágrimas. Ele não merece nem minha insignificância. Não sou eu que saio perdendo nessa história. Aprendi a me valorizar e não ficar me rebaixando pra qualquer um que queira brincar com meus sentimentos. E ainda mais idiota por ter tido duas chances e estragá-las. Não deixarei ele me abalar. E que ele ache alguém que ele mereça.. Não acho que ele deveria me mandar mensagens perguntando se estou bem ou pedindo desculpas, não receberá nenhuma resposta porque nem uma resposta ele merece de mim. 
"Então delete tudo aquilo que não valeu a pena, quem mentiu, quem enganou seu coração, quem teve inveja, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, quem te magoou, quem te usou e quem nunca chegou a saber quem você é realmente" (Caio Fernando Abreu)

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