Cada dia vai se passando, e eu não sei realmente o que estou sentindo. Sinto sua falta, disso tenho certeza.. E fico triste, por saber que não é recíproco.

(Des)construindo?

É como um enigma difícil de desvendar.. Não sei o que fazer. Não sei se devo hesitar ou desvendá-lo. Qualquer caminho que eu trilhe doerá.. Dói. E eu continuo cometendo os mesmos erros.. Ou não.. Tento me desviar, me afastar, mas é mais forte que eu. É como se meu vínculo com ele seja quase inquebrável.. Quando não o tenho em meu dia, parece-me o dia vazio, uma tristeza repentina.. O pior de tudo é saber que ele é pura complicação e não está nem aí pra nada.. Sou amiga dele, amiga.. Acho que ele me conhece por completo, sabe de todos os meus segredos, quase todos. É difícil ficar longe, fingir que está tudo bem.. Mas preciso.. Embora doa, doa tanto em mim, e me parece que alguém coloca uma estaca em meu coração, que as lágrimas começarão a rolar no meu rosto a qualquer instante. É tudo uma confusão na minha cabeça, e ainda mais no meu coração..

Faltam-me palavras. São momentos como esse que me fazem escrever. A necessidade é extrema. Procuro uma foto da Taylor Momsen em meu tumblr, como de costume, como se ela representasse alguma coisa relacionada quando estou triste ou meio desabando.. Aqueles lápis de olhos forte insinuam algo.. Não dá pra explicar. Meus olhos estão incomodados com a lente de contato.. Deveria tirá-la, mas a preguiça e extrema e preciso escrever. O sono e o cansaço também são extremos. Um fim de semana cheio de provas.  Essas provas..Fracasso. Metade da prova não é o suficiente pra ingressar em uma faculdade, é? O resultado sairá logo, e estou aqui, intacta, vendo-me fracassar. Menos de duas semanas.. Para a prova que mudará a minha vida, completamente. Meu peso oscila.. Comi muito esses dias, nervosismo e enjoo me acompanharam de perto. Terminei de escrever a carta.. Preciso entrar pra federal. Preciso me desestressar. Preciso passar de ano. Eu vou ficar maluca desse jeito. E não sei, a imensidão de palavras que estavam na minha mente sumiram. Continuo com o sono incontrolável e a extrema vontade de fazer nada.

Eu encarava aquela maldita balança de novo. Não estava fazendo nada de novo. Não estava deixando de comer. Não estava vomitando. A compulsividade de comida havia diminuído.  Estava vestida e com meias, o que significava que fazia mais algum peso, tentei me conformar disso. Mas ao subir nela, tentei buscar razões, talvez fosse o atrito da meia com a balança, porque era impossível... Eu havia perdido mais dois quilos, tinha acabado de comer, estava vestida e era de noite. E não é como se o fato de estar conseguindo perder peso me acalmasse... Era assustador.
(19/09/2012)